
A Paralisia Cerebral é um termo usado geralmente para descrever um grupo de condições clínicas que dão início a uma alteração do movimento ou da postura do paciente devido a uma lesão que afeta o cérebro ainda em desenvolvimento.
De uma forma geral, a alimentação de uma pessoa com paralisia cerebral deve ser igual à da população em geral, cumprindo com os princípios de uma alimentação saudável.
No entanto, na maioria dos casos de paralisia cerebral existem problemas alimentares associados a esta condição, assim, sendo necessário proceder a algumas adaptações e mudanças na rotina alimentar.
As desordens motoras podem interferir no desenvolvimento de alguns órgãos e proporcionar o desempenho inadequado das funções de fala, alimentares e de deglutição.
Ainda deve-se levar em consideração que muitos pacientes possuem movimentos espásticos (movimentos involuntários e repetitivos com muita rigidez muscular) gastando muita energia; ou mesmo pela dificuldade na alimentação, assim acabam perdendo muito peso.
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Aumentar o número de refeições
As pesquisas indicam a existência de uma grande diferença entre o tempo gasto para alimentar crianças sem distúrbios neurológicos e crianças com paralisia cerebral.
As crianças com paralisia cerebral podem levar até 14 vezes mais tempo para engolir o alimento, levando às famílias dificuldade no momento da alimentação e ao estresse, colaborando para diminuição de oferta de alimentos às mesmas e, consequentemente, desnutrição e desidratação.
Desta forma, é necessário aumentar o número de refeições fornecidas (com menor volume cada), densidade calórica das mesmas, consistência, textura e tipo de alimento conforme a aceitação, elaborar refeições atrativas e nutritivas, evitando tornar a alimentação monótona.
Dê mais importância às proteínas
As principais refeições devem ser enriquecidas com um componente proteico (carne, peixe ou ovo), desta forma consegue-se controlar a quantidade real oferecida. No entanto, nem sempre estas medidas são suficientes para resolver o problema.
Em situações em que as mudanças na alimentação não são suficientes, poderá recorrer-se a suplementos nutricionais que complementem a alimentação.
Com este recurso é possível aumentar o aporte energético e proteico, ajudando na recuperação de peso, força e melhora do estado nutricional.
É necessário avaliar a presença de dificuldades alimentares no momento da escolha de suplementos em pó ou líquidos, para que a suplementação possa ser adaptada à alimentação, hábitos de vida e forma clínica do indivíduo com Paralisia Cerebral.
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Acima de tudo, quando falamos de alimentação em Paralisia Cerebral é importante ter em mente que pequenas alterações e adaptações na rotina alimentar poderão fazer toda a diferença e que, muitas vezes, a pessoa com Paralisia Cerebral não é capaz de comunicar as suas necessidades, sendo importante nestes casos uma atenção redobrada.